Profissionais estão trocando carreira em banco por escritórios de investimento, destaca Valor

Construir uma carreira acessória em corretoras de investimentos é um sonho cada vez mais almejado pelos "bankers"

Mariangela Castro

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SÃO PAULO – O movimento de mobilidade de bancos para escritórios de investimentos vem ganhando força no mercado brasileiro. Construir uma carreira em corretoras de investimentos é um sonho cada vez mais almejado pelos “bankers”,  conforme destaca matéria do Valor Econômico.

É o caso de Lydiane Leal, que durante anos trabalhou na assessoria de investidores de alta renda em bancos como Itaú, HSBC e Safra e, agora, iniciou na Inove Investimentos, um escritório de agentes autônomos no Rio. Sua meta pessoal é consolidar uma carteira de R$ 100 milhões em 12 meses, ou seja, mais de 60% do valor do portfólio que antes geria no Safra.

A XP Investimentos tem patrocinado fortemente essa mobilidade. Com meta de chegar a  R$ 1 trilhão em ativos até 2020, a corretora oferece uma série de incentivos a assessores novatos que trouxerem grandes volumes. 

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Gabriel Leal, sócio da XP Investimentos, destaca em entrevista ao Valor,  que “a visão nos próximos dois anos maximizar essa oportunidade. Por isso, os escritórios estão contagiados com essa visão de que em algum momento vai ter uma competição mais acirrada dos bancos que é onde está o dinheiro do brasileiro.”

Atualmente, o maior escritório ligado à XP é a Faros Investimentos, com carteira de R$ 5,5 bilhões e meta de R$ 15 bilhões até 2020. Para alcançar tal objetivo, o plano é ampliar o número de assessores de 45 para 80. 

Segundo o sócio Felipe Bichara destacou em entrevista para o Valor, uma das grandes responsáveis por este movimento de mobilidade é a pouca transparência no sistema de bonificação das instituições bancárias, vista pelos profissionais. “O gerente de banco cansou da subjetividade. Ele se pergunta se vale a pena se dedicar ao banco e depois receber um banho de água fria.” 

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Quando o gerente de banco passa a construir uma carreira independente, ele traz para as corretoras conhecimento de produtos financeiros e relacionamento construído com o público mais endinheirado. 

O projeto de atração de novos agentes da Inove Investimentos, por exemplo, privilegia aqueles que já possuam carteira e vivência no setor financeiro. Eduardo Madanelo, sócio da corretora, espera que ela atinja volume em distribuição de R$ 5 bilhões até 2020.

A BR Advisors também possui uma meta de crescimento ambiciosa. Se hoje detém R$ 1,5 bilhão , eles pretendem expandir de 20 para 50 agentes e atingir em dois anos distribuição de R$ 7 bilhões.

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Illan Besen, sócio do escritório, explica que há dois vetores de crescimento. Por um lado, é necessário consolidar a marca e fazer brasileiro ter a percepção de que “pode investir melhor”. Por outro lado, deve-se aumentar as ofertas de acesso e atrair profissionais experientes para as assessorias de investimentos fora de bancos.

“Hoje um profissional bem posicionado em banco olha com mais carinho o negócio independente vinculado a uma plataforma.”