Publicidade
SÃO PAULO – A Vale teve mais R$ 800 milhões de seus cofres congelados nesta segunda-feira (28). O objetivo é assegurar que funcionários, diretos e terceirizados, recebam as indenizações necessárias após o rompimento de barragem da mina Córrego do Feijão em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte.
O Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais solicitou bloqueio do dobro do valor (R$ 1,6 milhão) para fins trabalhistas. A juíza Renata Lopes Vale, da Vara do Trabalho de Betim, optou pelo valor mais baixo em caráter de urgência, mas observou que não há impedimento para reanálise do montante.
A Vale terá de manter o pagamento de salário aos familiares de trabalhadores desaparecidos até que sejam encontrados, com ou sem vida. Depois da identificação, serão estabelecidas indenizações.
Oferta Exclusiva para Novos Clientes
Jaqueta XP NFL
Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano
Neste domingo, (27), o Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu uma notas sobre a tragédia do ponto de vista trabalhista. Em uma delas, a procuradora do MPT em Minas Elaine Noronha Nassif explica que as famílias dos trabalhadores estão em um “limbo jurídico” e o apoio jurídico deve ser dado até que se saiba a situação de cada um deles.
R$ 11,8 bilhões
Além do valor bloqueado para fins trabalhistas, a Justiça de Minas Gerais já havia determinado três bloqueios de valores da Vale desde o rompimento da barragem. No total, até o momento, a empresa terá que dispor de pelo menos R$ 11 bilhões para ressarcir danos e perdas de forma geral.
O valor somado agora representa praticamente metade de todo o caixa da Vale, conforme dados publicados em seu balanço mais recente, do terceiro trimestre de 2018. O documento informa que a mineradora tinha R$ 24,4 bilhões disponíveis em caixa.
Continua depois da publicidade
Além disso, o governo de Minas Gerais solicitou a indisponibilidade de todas as ações de propriedade da Vale nas bolsas de valores de São Paulo (Bovespa), Rio de Janeiro, Nova York, Madrid e Euronext Paris. O dinheiro seria utilizado para as despesas com o rompimento das barragens em Brumadinho.