Vazamento de e-mail revela que Elon Musk aprova todas as contratações da Tesla pessoalmente

A fabricante de carros passou por várias rodadas de demissões no ano passado   

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Todas as contratações feitas pela Tesla devem receber a aprovação do CEO Elon Musk, de acordo com um e-mail enviado aos funcionários da área de recrutamento da empresa em fevereiro. O conteúdo do e-mail vazou para o público nesta semana.

“Todas as contratações de profissionais da empresa precisam da aprovação da Elon”, diz o e-mail, que também sugere que a Tesla introduziu padrões mais altos de contratação.

“Nós vamos instituir um processo mais rigoroso em torno de contratações para ajudar a gerenciar o número de funcionários em toda a empresa”, diz o texto, acrescentando que Musk começaria a receber um relatório diário sobre recrutamento. Contatada pelo Business Insider, a Tesla se recusou a comentar.

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Histórico de demissões e pressão para lucrar 

A fabricante de carros passou por várias rodadas de demissões no ano passado. A mais significativa foi um corte de 9% na força de trabalho em junho. Outra redução de 7% foi anunciada em janeiro e começaria conforme a produção do Model 3 aumentasse. Ainda, há uma previsão de um outro corte de 8% para este mês.

Segundo o portal de notícias, a Tesla também demitiu funcionários da sua divisão de recrutamento. No mês passado, a empresa informou que tinha 48.817 empregados no final de 2018. Mas um representante da fabricante disse no último dia 4 que a equipe contava com pouco mais de 40 mil funcionários.

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Musk sugeriu em um e-mail enviado em junho do ano passado aos empregados que a montadora nunca mais teria que iniciar outra rodada de demissões. “Também quero enfatizar que estamos tomando essa decisão difícil agora para que nunca mais tenhamos que fazer isso”, disse na época – mas pelo jeito não conseguirá manter a promessa.

A montadora teve seus primeiros trimestres lucrativos consecutivos em 2018, embora Musk tenha afirmado que não espera que 2019 comece com um trimestre positivo.

No final de fevereiro, a montadora anunciou um corte de preço para seu sedã Model 3, que passou a custar US$ 35 mil (redução de US$ 7.900), bem como novas reduções de preço para seu sedã Model S e SUV Model X. Os cortes de preços foram em média de 6% nos veículos, segundo o site.

No entanto, no último domingo (10), a Tesla voltou atrás e disse que aumentaria em 3% os preços de todos os veículos – o que não incluiria a versão base de US$ 35 mil do Model 3.

O aumento de preço foi anunciado após a fabricante desistir de fechar as lojas físcias e mudar as vendas online para cortar custos.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.